Ogum no Candomblé


No candomblé existe um orixá para cada elemento da natureza, para cada parte do corpo humano, para cada atitude da humanidade. Gostaria, nesse momento, de falar sobre Ogum, para que proteja os mas fracos nesse momento de guerra, já que todos (ou quase) concordamos que ela é desnecessária para a humanidade. Porém, ela esta aí, e daí pedimos a Ogum, que nunca perdeu uma guerra (por ser um grande estrategista e um grande general), que proteja os inocentes, os que são lançados a ela, mesmo contra a vontade, e, principalmente, a juventude, para que perceba ser a paz sumamente importante, como um dia ele (Ogum) percebeu.
Ogum, filho mítico de Oduduá (orixá fundador da primeira cidade do povo iorubá, Ile Ifé), é também rei da cidade de Irê, é aquele que nos protege nos caminhos, com suas facas que cortam o mal. Seu metal é o ferro, ele é também o orixá da tecnologia, pois tinha o dom de transformar a matéria prima em instrumento, como grande ferreiro de sua época. Orixá de frente - depois de Exu - guia as pessoas pelos setes caminhos da vida. Quando contamos com a presença de Ogum, nunca estamos desamparados.

Ogum é um dos maiores imolés (divindades).

Existe um ditado que diz em iorubá:

Ogun Lakaye Osin Imolé,
Ogum o grande imólé
Ogun alada meji,
Ogum que usa duas facas
O fi okan sanko, o fi okan yena.
uma para cortar e outra para limpar o que cortou (abrindo nossos caminhos).
Por isso devemos pedir a Ogum que nos ajude a vencer todas as nossas guerras interiores, os perigos das ruas, dos maus pensamentos, na esperança que o homem perceba que a guerra nunca foi sinal de crescimento, e que sempre a vencedora seja a Paz!